quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Severino apóia Chinaglia - 1

O ex-deputado e ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP-PE) perambulou pelos corredores do Congresso. Está em campanha aberta pela eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para a presidência da Câmara.
Aos 76 anos, Severino hoje espera uma chance de voltar à Câmara. Os seus votos em Pernambuco em outubro passado resultaram apenas na primeira suplência – ele depende de alguém de sua coligação (PP e PSB, principalmente) sair do Congresso.
Ele ficou famoso em 2005, quando renunciou ao mandato de deputado federal e da presidência da Câmara para evitar um processo de cassação. Foi acusado de receber um "mensalinho" para permitir o funcionamento de um restaurante na Câmara. Apesar das evidências a respeito –inclusive um cheque– o político pernambucano nega envolvimento em irregularidades.
Chamado de "rei do baixo clero", ele acha que Chinaglia já está eleito. Mas foi até o gabinete para dar "sugerir algumas coisas". O quê? Aí você está querendo saber demais...", responde o ex-deputado.
Eis alguns trechos do que Severino disse a repórteres no salão verde da Câmara:
Quem vai ganhar a eleição para presidente da Câmara:
SEVERINO CAVALCANTI – Não tenho a menor dúvida. O Arlindo Chinaglia será o presidente. Ele já está muito consolidado.
Mas o fato de ele ser do PT não atrapalha esse favoritismo?
SEVERINO – De jeito nenhum. O que ocorreu quando eu fui eleito foi uma divisão do PT, que tinha dois candidatos. Agora, o PT está unido. O problema não era o PT, mas a desunião desse partido.
Mas hoje há 2 candidatos da base do governo concorrendo entre si: Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Aldo Rebelo (PC do B-SP). Não é a mesma coisa? Ou seja, não é uma divisão que abrirá caminho, como dizem no Palácio do Planalto, para um "efeito Severino"?
SEVERINO – Nada disso. Agora é diferente. O caso agora também é uma questão de simpatia. Eu, se pudesse, votaria no Chinaglia. Para quem me pergunta, digo que vote no Chinaglia. E é o tal negócio: todo mundo quer votar em quem vai ganhar. O Chinaglia tem grande chance de se eleger porque interpreta melhor o sentimento da Casa. Recebe a todos de portas abertas, nunca deixa a porta fechada. Os parlamentares querem carinho.

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