sábado, 4 de agosto de 2007

SECRETÁRIOS PODERÃO DEIXAR GOVERNO MUNICIPAL

Os problemas internos na administração municipal em Teixeira continuam. Já circulam informações de que, mais uma vez, o Secretário de Educação, Totinha, entregou o cargo. Os motivos ainda não estão claros, mas hipóteses são levantadas a todo momento. Uma delas seria problema de saúde. O Secretário estuda no Paraguai e, segundo informações, teria chegado de viagem doente, com cansaço. Outra hipótese, e esta já é levantada por muitos oposicionistas nas ruas da cidade, é que, na ausência do Secretário, uma autorização de transferências de recursos da Educação para quitar pagamentos de outras Secretarias teria motivado o pedido de demissão do Secretário. Este é um caso para ser verificado pela Câmara de Vereadores e o Conselho do FUNDEB, já que eles têm acesso aos extratos das contas da Educação. Verdade ou não, por coincidência houve atraso no pagamento dos profissionais da Educação.
Outra Secretaria que há tempos enfrenta problema é a Saúde. Já se cogita a desistência da atual Secretária, Tatiana, de continuar a frente do cargo. As dificuldades de conduzir os trabalhos na Saúde são imensas. Esta semana, mais uma fez, faltou soro no Hospital Sancho Leite.
Outro setor problemático na administração municipal é a Escola José Elias de Amorim que, em três anos, já mudou de diretor quatro vezes.
Toda esta instabilidade no Governo favorece o crescimento dos nomes da Oposição com vistas a Eleição 2008. Para completar mais um fato atordoa o grupo governista: a possibilidade do Senador Zé Maranhão assumir o Governo Estadual. A chegada de Maranhão ao governo fortaleceria mais ainda a Oposição em Teixeira, principalmente o ex-prefeito Elenildo Queiroz.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Última esperança

Como última esperança, resta ao Governador Cássio Cunha Lima apelar ao TSE que determine o reexame do seu processo pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba. Isto porque está praticamente certo na cabeça do Governador e de seus principais assessores que dificilmente aquela Corte irá modificar uma decisão aqui tomada por placar tão elástico: 5 a 1.
Assim, as esperanças findas do Governador estão em o Tribunal Superior acatar a tese de que houve cerceamento de defesa, mandando que o TER reexamine a matéria; jamais, no entanto, fazendo ele mesmo, o reexame.
Assessores do Governador entendem que alguns votos dados pela cassação tiveram pouca convicção e poderiam tomar nova direção em eventual novo julgamento.
Enquanto há vida, há esperança.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Estadão: situação de Cássio é difícil

Sete governadores estão na mira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As acusações vão desde propaganda eleitoral irregular até abuso de poder econômico, passando pela mais comum: compra de votos. Está incluído na lista do TSE Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba, que teve o mandato cassado anteontem por decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Cunha Lima tem a situação mais difícil. Ele avisa que já recorreu da decisão, mas é alvo de outras duas denúncias no TSE. Em uma delas, impetrada pelo Ministério Público Estadual, é acusado de abuso de poder econômico e político nas eleições de 2006 e de conduta vedada a agente público. A outra ação, assinada pela coligação Paraíba do Futuro e pelo senador José Maranhão (PMDB), adversário do tucano na eleição, repetem as acusações, acrescentando denúncia de compra de voto.
Os sete governadores sendo julgados pelo TSE respondem a acusações de compra de votos, abuso de poder econômico e abuso de poder político. Em suas defesas, segundo a assessoria do tribunal, todos afirmam inocência.
O governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), é quem tem a maior lista de acusações. Seus adversários, a coligação União do Tocantins e o ex-candidato José Wilson Siqueira Campos (PSDB), citam abuso de poder econômico e político, compra de votos, propaganda eleitoral indevida e uso indevido de meio de comunicação.
Marcelo Déda (PT), de Sergipe, é alvo de uma acusação. Um dos partidos adversários, o PAN, o acusa de propaganda eleitoral antecipada. Jackson Lago (PDT), do Maranhão, foi denunciado por seus ex-adversários por compra de votos na eleição do ano passado.
Em Santa Catarina, os adversários acusam o governador Luiz Henrique (PMDB), reeleito no ano passado, de abuso de poder econômico e político, propaganda institucional indevida e uso indevido de meio de comunicação. Os governadores de Rondônia, Ivo Cassol (PPS), e de Roraima, Ottomar Pinto (PSDB), são acusados de compra de votos e abuso de poder econômico e político.
No tribunal eleitoral, também tramitam ações contra o mandato de quatro senadores e 25 deputados. Desses, nove são do Rio.
AS ACUSAÇÕES
Marcelo Déda (PT-SE): propaganda eleitoral antecipada
Jackson Lago (PDT-MA): compra de votos
Marcelo Miranda (PMDB-TO): compra de voto, abuso de poder, propaganda eleitoral indevida e uso indevido de meio de comunicação
Luiz Henrique (PMDB-SC): uso indevido de propaganda e meio de comunicação, abuso de poder
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB): abuso de poder, conduta vedada a agente público e compra de votos
Ivo Cassol (PPS-RO): abuso de poder e compra de votos
Ottomar Pinto (PSDB-RR): abuso de poder e compra de voto
Do jornal O Estado de São Paulo, por Lisandra Paraguassú

terça-feira, 31 de julho de 2007

"Não renuncio", garante governador da Paraíba

Do portal G1: "O governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima (PSDB), afirmou nesta terça-feira (31) que não renuncia a seu mandato mesmo correndo o risco de perder os direitos políticos. “Em absoluto. Não renuncio ao mandato que pertence a mais de um milhão de paraibanos”, afirmou o governador.
Cunha Lima teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba na segunda (30).
Por cinco votos a um e após oito horas de julgamento, os juízes do tribunal determinaram a cassação, a perda dos direitos políticos até 2009 e uma multa de R$ 100 mil. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)". Leia mais
aqui
(Comentário meu (Noblat): Cunha Lima é muito jovem. Já vi muito político ameaçado de cassação jurar por todos os santos que não renunciaria ao mandato. Mais tarde, diante da possibilidade de ficar inelegível por 10 anos, renunciou. É o que acontecerá com ele caso conclua que o TSE confirmará a decisão do TRE.)

Maranhão estima posse em 60 dias e defende ajuste fiscal

O senador José Maranhão (PMDB), segundo colocado na eleição para o Governo da Paraíba no ano passado, comentou hoje a cassação de seu adversário, Cássio Cunha Lima (PSDB), decidida ontem por 5 votos a 1 no TRE-PB.
Ele disse que aguarda a diplomação para analisar seu pedido de renúncia no senado federal e estimou que o processo que apura abuso de poder e conduta vedada praticada pelo tucano possa ser concluído, em última instãncia, em cerca de 60 dias.
"Estou preocupado com o momento, que é muito grave, mas é importante ter serenidade. Acredito que haja uma decisão final em mais ou menos 60 dias. A decisão no caso da FAC já foi tomada e é bem possível que o TSE conceda uma liminar, mas é quase impossível que o TSE reforme a decisão do TRE da Paraíba.
Tenho que dizer que não vamos perseguir. Vamos governar a Paraíba visando o desenvolvimento social. É necessário também um ajuste fiscal para recuperar a confiança dos paraibanos na administração pública. A economia do Estado está depauperada", disse José Maranhão.
Ele viaja amanhã a Brasília, mas adiantou que a preocupação de seus assessores jurídicos, no momento, é no sentido de apressar a publicação do acórdão, a partir do qual sua diplomação deve ser marcada. "Estamos cientes que haverá recursos da parte acusada e estamos prontos para apresentar nossas contra-razões", disse.Gravidade - Maranhão ainda disse que as outras ações que aguardam julgamento no TRE da Paraíba e pedem a cassação de Cássio Cunha Lima têm potencial superior à primeira já apreciada: "Conversei com Fernando Neves e digo que são ações que têm mais gravidade que essa da FAC. A do Jornal A União já está pronta para ser julgada".

Cássio chora no Palácio da Redenção e declara: ‘Não concordo com decisão do TRE’

Do WSCOM:
O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi às lágrimas na manhã desta terça, 31, enquanto entregava os primeiros empréstimos do programa ‘Meu Trabalho’. Num discurso para lá de emocionado, o governador lembrou que a idéia inicial para o Programa Ciranda de Serviços foi de sua mãe, Dona Glória, e que está sendo cassado por tentar ajudar aos mais necessitados.
Com voz embargada – em vários momentos o governador teve que interromper o discurso para ganhar fôlego – Cássio lembrou: ‘não estão me cassando porque roubei’.
O governador se defendeu da decisão do TRE, apesar de garantir que a respeita, porque “numa democracia toda e qualquer decisão judicial, deve ser respeitada”, mas reafirmou que irá recorrer, “como um direito que me confere”.
Cássio voltou a explicar que o Programa de distribuição de cheques pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) foi autorizado pela Assembléia Legislativa da Paraíba e que o Fundo de Combate a Pobreza (Funcep-pb), que gerenciava o Programa, “só tinha um único objetivo: ajudar os pobres e esse programa foi suspenso durante a campanha eleitoral”, argumenta.
No entende do governador a decisão do Tribunal vai de encontro ao que considera ter sido seu maior equívoco: querer quebrar um protocolo da distância entre o governador e o povo.
“Muitas pessoas no interior do Estado, da Capital e da região metropolitana, talvez se sentissem acanhadas de vir até o Palácio”, disse e pediu para que levantassem a mão quem estava ali no Palácio pela primeira vez. Quase a totalidade levantou a mão.
O governador continuou: “na tentativa de abrir as portas desse Palácio e responder a essa crítica usual de que os poderosos se encastelam e ficam dentro de seus palácios, vestem seus paletós e só recebem aqueles que assim trajados estejam, foi que tivemos essa idéia (da Ciranda de Serviços para ajudar diretamente aos pobres). A idéia foi da minha honrada mãe (Cássio fez uma pausa com a voz novamente embargada)... Eu vou respirar e vou seguir... se preocupem não”, contou.
Cássio afirmou que a idéia era de aprimorar algo que já tinha sido feito no Governo de Ronaldo Cunha Lima, seu pai, com o Programa Cidadania. “A idéia não era outra senão aproximar o Governo da população. Encontrar um instrumento eficaz, uma linha direta de comunicação, onde pela primeira vez... e talvez tenha sido esse o meu erro, quebrar determinados paradigmas, porque na cabeça de algumas pessoas governador tem que ficar no Palácio, de paletó e gravata.
Durante o discurso, Cássio ainda estranhou que só ontem, durante o julgamento do TRE foram anexados ao processo os depoimentos de várias pessoas ouvidas pelo Ministério Público e que garantiram que não receberam dinheiro em troca de voto.
O TRE acabou decidindo pela cassação por acreditar que o governador acabou fazendo com que o programa de distribuição de cheques - que cadastrava pessoas através do Ciranda de Serviços - fosse profundamente associado a sua pessoa, considerado a conduta de auto-promoção em período eleitoral com recursos públicos.
Programa Meu Trabalho - Segundo o governador, o Programa “dá um passo a mais para atender aos que mais precisam. Atender e ajudar, sempre que possível os mais pobres. O ‘Meu Trabalho’ se constitui neste instante, sem exagero, no maior programa de micro-crédito da história da Paraíba”, garante.
No total serão beneficiados cerca 570 pessoas, com investimentos liberados na ordem de R$ 660 mil. Nessa primeira etapa cerca de 3 mil micro-empresas se inscreveram no programa.
O programa prevê, segundo o secretário do Desenvolvimento, Roberto Braga, a instalação de 19 pólos, cada um deles atendendo em média 12 cidades, onde os responsáveis por cada pólo ficarão encarregados de difundir o programa, com a realização de palestras e explicando como é feito o empréstimo. “O objetivo é alcançar todos os 223 municípios”, enfatizou Braga. O processo para a liberação do empréstimo desde a inscrição demora no máximo 20 dias e, devido à facilidade se espera que 80% dos beneficiados renovem os empréstimos. Os empréstimos destinados a capital de giro deverão ser pagos em seis meses, enquanto que para investimento fixo o prazo de pagamento vai até 24 meses, com três meses de carência.
Paulo Dantas

Veja abaixo os principais trechos da coletiva

Do WSCOM:
Decisão da Justiça:
Não posso fazer juízo de valor de decisão judicial, mas estou me sentindo injustiçado, atacado.
As decisões tomadas pela Justiça devem ser respeitadas mesmo que você demonstre inconformismo. Mas vamos recorrer com base nos instrumentos legais da democracia. Por isso que na nossa estrutura democrática existem instâncias superiores. Vamos reformar esta decisão. Este é um jogo de dois tempos.
Não renuncio o mandato que pertence a mais de um milhão de paraibanos. Não apenas por mim, mas para que seja preservada a decisão do eleitor paraibano, expressa de forma legítima nas urnas. Este mandato não pertence a mim, mas a mais de um milhão de cidadãos paraibanos.
Reação:
Me perguntaram se eu tinha dormido, depois de anunciada a decisão do Tribunal Regional Eleitoral. Eu dormi. Dormi o sono dos justos, dormi o sono da certeza de que, por mais que demore, a verdade prevalecerá. Por mais longa que seja a noite, amanhecerá.
Caso FAC:
A Assembléia Legislativa nos autorizou a criar o Fundo de Combate a Pobreza. E em função da criação do Fundo, na opção pelos mais pobres, que estamos enfrentando esses obstáculos.
Governabilidade:
O Governo continua. Vamos manter a governabilidade. A nossa principal obrigação é com o servidor público. E quero aproveitar a coletiva para comunicar que amanhã começaremos o pagamento da folha de pessoal sem nenhum atropelo. Nossa agenda será mantida e posso assegurar aos fornecedores do Estado que todos os pagamentos serão feitos, tudo transcorrerá sem obstáculos.
José Maranhão:
Estamos num estado em que ajudar pobre, ajudar quem mais precisa, pode ser um grave erro. Mas não foi, num passado mais distante, comprar convencionais.
Roberto Cavalcanti e Sistema Correio de Comunicação:
O Sistema Correio é um fonte de oposição e vamos continuar resistindo a isso. Talvez seja o único governante a ser vítima de um verdadeiro massacre contundente por um sistema de comunicação. O empresário Roberto Cavalcanti, legalmente, inclusive, poderia atuar como parte do processo porque ele é interessado direto nas questões. Se não o fez, foi por estratégia, mas caso o empresário desejasse, poderia ser parte no processo. É até compreensível que se veja essa movimentação. Não é o correto, mas se você for analisar alguém que tem um Sistema de Comunicação, que tem dezenas de rádios, uma televisão, um jornal e que é suplente de um senador que na eventualidade de uma cassação pode abrir o espaço para que ele tenha três ou dois anos e meio no exercício de um mandato, quem é que não quer uma garapa dessas?

Cássio diz que manterá governabilidade e não renuncia

Do WSCOM:
O governador Cássio Cunha Lima concedeu coletiva esta manhã no Palácio da Redenção, onde garantiu a governabilidade do Estado e declarou: ‘Não renuncio a um mandato que pertence a mais de um milhão de paraibanos’. Cunha Lima disse ainda que respeita a Justiça, mas confirmou que vai recorrer da decisão proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral. ‘Este é um jogo de dois tempos’, acredita.
O governador dirigiu críticas ao seu opositor, o senador José Maranhão. ‘Estamos num estado em que ajudar pobre, ajudar quem mais precisa, pode ser um grave erro. Mas não foi, num passado mais distante, comprar convencionais’, disse o governador, lembrando de convenção do PMDB, em 98, onde Maranhão foi acusado de aliciar integrantes do partido.
Cunha Lima também dirigiu críticas ao suplente do senador, o empresário Roberto Cavalcanti. ‘Talvez seja o único governante a ser vítima de um verdadeiro massacre por um sistema de comunicação’, disse o governador, referindo-se ao grupo Correio, administrado por Cavalcanti.
A coletiva do governador ocorre um dia após a cassação de mandato determinada pela maioria dos juizes do TRE – foram cinco votos a um. Os magistrados acataram parecer emitido pelo Ministério Público Federal, que apontou falta de orçamento e de leis específicas na execução de programa da Fundação de Apoio Comunitário com verbas do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza.
Além da cassação, o TRE determinou a inelegibilidade do governador e de seu vice, José Lacerda, por três anos, mais a aplicação de multa de R$ 100 mil. Os juizes decidiram, ainda, pela condução do senador José Maranhão ao cargo de governador. Ele foi o segundo mais votado nas eleições do ano passado.

Maranhão diz não ter dúvidas de sua posse e já prepara primeiras ações de Governo

Do WSCOM:
EXCLUSIVO - O senador José Maranhão disse na madrugada desta terça-feira, em entrevista ao WSCOM Online não ter dúvidas de sua posse, tanto que já analisa a conjuntura administrativa e financeira, onde acreditar que vai ter muito trabalho. Ele disse que vai vencer a disputa juridica no TSE diante do recurso do governador Cássio Cunha Lima e admitiu que sua equipe terá de ser capaz e leal.
Ele informou que, a partir de agora, na área judicial ,onde já se sabe que haverá recurso, “vamos dar continuidade, pois já vencemos na Paraiba, estamos certos que venceremos no TSE”.
Noutro momento, ele próprio acrescentou: “Não tenho duvidas de que vou assusmir o governo, é uma questão de tempo”
Maranhao disse que vai “fazer um Governo com serenidade, mesmo sabendo que vou encontrar um estado desorganizado, com sintomas da desorganização fiscal, da paralisação administrativa”.
Segundo ele, seus primeros atos no governo “ requer esforço grande, primeiro para organizar financeiramente o estado visando, somente depois disso, retomar a marcha do desenvolvimento”.
Para tanto, disse que contará com a ajuda do presidente Lula. “Ele já me garantiu a ajuda para contribuir mais com nosso estado”.
Sobre a equipe, ele declarou: “ vou me cercar de uma equipe capaz e politicamente, pois precisamos ter auxiliares competentes”.
Por fim, disse que trabalhará com todos, mas com olhar especial para a Grande Joao Pessoa e Campina Grande, Patos, Sousa, Guarabira, “sempre com a busca da cooperação de todos, sem discriminaçao, sem exclusao de nenhuma”.

Cassação do governador é comemorada no Estado

A cassação dos mandatos do governador Cássio Cunha Lima e do seu vice, José Lacerda Neto, pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, está sendo comemorada, em João Pessoa e vários municípios do Estado, ao estilo das grandes vitórias eleitorais.
Em vários bairros da Capital, desde o momento do anúncio oficial da decisão do TRE, pequenas passeatas vão tomando corpo, à semelhança do que está se constatando na orla marítima. Na casa do senador José Maranhão, principal adversário de Cássio, não para de chegar gente para cumprimentá-lo pela vitória conquistada no âmbito da Justiça.
A notícia da cassação logo se espalhou pelo Brasil: poucos minutos depois já estava estampada nos principais portais de notícias do País, com grande destaque: “TRE da Paraíba cassa mandato do governador Cássio Cunha Lima”, anunciou o portal UOL; “Governador da Paraíba é cassado”, afirmou o portal Terra; “Justiça Eleitoral cassa mandato de Cássio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba”, completou a Folha de São Paulo.
Os telefones das redações não pararam mais de tocar. Pelas duas horas seguintes à decisão do TRE, a redação do Portal Correio recebeu inúmeras ligações. Parte das manifestações dos leitores era de agradecimento: “A imprensa tem um papel extremamente importante no processo de moralização deste país; talvez se não fossem vocês o resultado tivesse sido outro”, observou o funcionário público aposentado José Plácido de Castro, de 58 anos.
Nem todos, porém, pensavam assim: “Vocês vão ter o troco e não perdem por esperar. Cássio é Cássio e vai vencer mais esta no TSE”, reagiu, com notória indignação, uma mulher que preferiu não se identificar, no contato telefônico com o Portal Correio.

Acórdão deve ser publicado amanhã

O juiz Carlos Eduardo Lisboa, corregedor eleitoral, deve concluir ainda nesta terça-feira (31) a documentação referente ao acórdão da decisão de ontem do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que cassou o governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o vice José Lacerda Neto (DEM), para que o material seja encaminhado à gráfica de A União e publicado amanhã no Diário da Justiça.
Mais uma vez, advogados do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que ajuizou a ação de investigação judicial eleitoral contra Cássio, vão monitorar o comportamento dos diretores de A União, porque em duas ocasiões anteriores houve inexplicável retardamento da publicação de atos oriundos do TRE que não favoreciam o governador.
Advogados da Coligação Paraíba de Futuro (PMDB-PT-PTB) acreditam, por seu turno, que a direção do jornal oficial dessa vez não terá "coragem" de fazer qualquer manobra para adiar a publicação de um acórdão tão importante como esse, "pois toda a Paraíba está de olho e espera que não haja qualquer recurso procrastinatório fora da esfera jurídica".
José Edísio Souto, um dos advogados do senador José Maranhão (PMDB), indagado pelo Portal Correio se procediam os temores de seus colegas e sobre a possibilidade de retardamento na publicação do acórdão do TRE que traz a cassação do governador, disse que não acredita nessa hipótese.
"Até por que os dirigentes de A União já sabem que a equipe da Coligação já sinalizou, da vez anterior, quando houve problemas com a publicação da pauta do julgamento, que não vão apenas cobrar providências enérgicas do TRE como representar criminalmente quem der causa a qualquer retardo na publicação do acórdão", explicou.
Ele se referia à pauta do julgamento do Caso Fac, enviada para A União na última segunda-feira (23), em tempo de ser publicada na edição do dia seguinte do Diário da Justiça (o órgão do governo confirmou ao TRE ter recebido o material às 14h10 daquele dia). A pauta, no entanto, só saiu no DJ na edição de quarta (25).
No âmbito do TRE, apesar do trabalho extenuante dessa segunda-feira (30), a única expectativa para hoje está na Secretaria Judiciária, onde se aguarda o juiz corregedor entregar a documentação referente ao acórdão. É essa a Secretaria encarregada de enviar o material à gráfica de A União, no Distrito Industrial de João Pessoa.
Na gráfica do jornal oficial são impressos, além do Diário da Justiça, o Diário Oficial do Estado e o Diário do Poder Legislativo.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Governador Cássio Cunha Lima é cassado pelo TRE/PB

No ano passado o PCB deu entrada em uma AIJE – Ação de Investigação Judicial Eleitoral, onde pediu a cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
O Ministério Público Eleitoral, através do corregedor José Guilherme Ferraz, em seu parecer pediu a cassação do governador tucano.
Na noite, desta segunda-feira, 30, após o voto do relator Carlos Eduardo Lisboa, que votou pela cassação do governador Cássio, os juizes Nadir Valengo, João Benedito, Cristina Garcês e Abram Lincoln, acompanharam Lisboa, onde culminou na cassação do mandato de Cássio por abuso de poder econômico.
O juiz Renan Neves votou contra o parecer do relator Carlos Eduardo.
O resultado ficou pelo placar de 5 votos a 1. Os advogados de Cássio Cunha Lima deverão recorrer no Tribunal Superior Eleitoral - TSE.
O TER ainda recomendou multa de cem mil reais para o Cássio Cunha Lima e seu vice José Lacerda Neto, além de recomendar sentença imediata da decisão.
Fonte: Agência Paraíba

domingo, 29 de julho de 2007

Chefe da CAGEPA de Maturéia usa a empresa em proveito próprio

Ontem à tarde acompanhei o Prefeito Zé Pereira até o local onde está sendo construída pelo Município uma estação de tratamento de esgotos. Confesso o meu espanto ante à grandiosidade da obra.
Segundo as informações que o Prefeito me passou, a estação está dimensionada para suprir todas as necessidades da população de Maturéia até o ano de 2030. Ela faz parte de um projeto muito maior que visa tornar Maturéia inteiramente servida de redes coletoras de esgotos, com o final tratamento de todos os dejetos. Os investimentos, feitos em conjunto pelos governos do Município e da União, aproximam-se dos R$ 2.000.000,00 (Dois milhões de reais).
Corretamente aplicados, esses recursos se transformarão em grande benefício para toda a população de Maturéia, sem discriminação de qualquer natureza.
No dia anterior, quando passava próximo à CAGEPA, pude ver uma D-20 branca saindo carregada de tubos. Por um instante pensei que a empresa pertencente ao Governo do Estado estivesse promovendo alguma expansão no sistema de abastecimento d’água da cidade, quiçá no bairro Nova Cidade, localidade onde mais de 100 casas não têm acesso ao precioso líquido.
Antes que pudesse me animar, fui informado que a D-20 pertencia a Bibi, dono Clube da cidade e candidato a vereador na chapa de Chico Mané, e os tubos se destinavam a levar água à casa do Chefe da CAGEPA (Foto), Neném de Vicente – ele também candidato a Vereador na chapa de Chico – e ao Clube de Bibi.(Foto) Era muita generosidade para quem não conhece o sentido dessa palavra...
Repare você, caro leitor, a diferença fundamental existente entre o grupo que dirige os destinos do Município e aquele que representa aqui, os interesses do Governo do Estado.
Enquanto a Prefeitura aplica milhões, literalmente, em obras que servem a toda a população, o grupo ligado ao Governo do Estado usa o dinheiro público para beneficiar dois candidatos a vereador do próprio grupo, deixando dezenas de casas sem abastecimento d’água. Para dissimular a operação, uma meia dúzia de três ou quatro casas da vizinhança da casa do chefe da CAGEPA foram beneficiadas também.
Isso tem se tornado uma constante em nosso Município, a Prefeitura fazendo o que é de sua responsabilidade e o que deveria ser feito pelo Estado e o Estado omitindo-se em suas responsabilidades ou, como no caso acima, servindo somente aos interesses de suas próprias lideranças.
Não é novidade prá ninguém que os estudantes da Escola do Estado são transportados pelo Município. Assim como não é novidade que a Prefeitura vai arcar com a conta apresentada pela SAELPA para implantar a eletrificação de todas as casas do Nova Cidade. Mesmo local onde o Município, extrapolando mais uma vez as suas atribuições, mandou instalar mais de 1 km de rede mestra de abastecimento d’água, faltando à CAGEPA instalar apenas os ramais secundários. Tivesse priorizado a população ao invés de beneficiar a casa de seu próprio Chefe local, talvez a CAGEPA já tivesse levado alegria a mais de 100 famílias daquele bairro.
Ainda tem gente por aí falando em nome da mudança.