terça-feira, 31 de julho de 2007

Cássio chora no Palácio da Redenção e declara: ‘Não concordo com decisão do TRE’

Do WSCOM:
O governador Cássio Cunha Lima (PSDB) foi às lágrimas na manhã desta terça, 31, enquanto entregava os primeiros empréstimos do programa ‘Meu Trabalho’. Num discurso para lá de emocionado, o governador lembrou que a idéia inicial para o Programa Ciranda de Serviços foi de sua mãe, Dona Glória, e que está sendo cassado por tentar ajudar aos mais necessitados.
Com voz embargada – em vários momentos o governador teve que interromper o discurso para ganhar fôlego – Cássio lembrou: ‘não estão me cassando porque roubei’.
O governador se defendeu da decisão do TRE, apesar de garantir que a respeita, porque “numa democracia toda e qualquer decisão judicial, deve ser respeitada”, mas reafirmou que irá recorrer, “como um direito que me confere”.
Cássio voltou a explicar que o Programa de distribuição de cheques pela Fundação de Ação Comunitária (FAC) foi autorizado pela Assembléia Legislativa da Paraíba e que o Fundo de Combate a Pobreza (Funcep-pb), que gerenciava o Programa, “só tinha um único objetivo: ajudar os pobres e esse programa foi suspenso durante a campanha eleitoral”, argumenta.
No entende do governador a decisão do Tribunal vai de encontro ao que considera ter sido seu maior equívoco: querer quebrar um protocolo da distância entre o governador e o povo.
“Muitas pessoas no interior do Estado, da Capital e da região metropolitana, talvez se sentissem acanhadas de vir até o Palácio”, disse e pediu para que levantassem a mão quem estava ali no Palácio pela primeira vez. Quase a totalidade levantou a mão.
O governador continuou: “na tentativa de abrir as portas desse Palácio e responder a essa crítica usual de que os poderosos se encastelam e ficam dentro de seus palácios, vestem seus paletós e só recebem aqueles que assim trajados estejam, foi que tivemos essa idéia (da Ciranda de Serviços para ajudar diretamente aos pobres). A idéia foi da minha honrada mãe (Cássio fez uma pausa com a voz novamente embargada)... Eu vou respirar e vou seguir... se preocupem não”, contou.
Cássio afirmou que a idéia era de aprimorar algo que já tinha sido feito no Governo de Ronaldo Cunha Lima, seu pai, com o Programa Cidadania. “A idéia não era outra senão aproximar o Governo da população. Encontrar um instrumento eficaz, uma linha direta de comunicação, onde pela primeira vez... e talvez tenha sido esse o meu erro, quebrar determinados paradigmas, porque na cabeça de algumas pessoas governador tem que ficar no Palácio, de paletó e gravata.
Durante o discurso, Cássio ainda estranhou que só ontem, durante o julgamento do TRE foram anexados ao processo os depoimentos de várias pessoas ouvidas pelo Ministério Público e que garantiram que não receberam dinheiro em troca de voto.
O TRE acabou decidindo pela cassação por acreditar que o governador acabou fazendo com que o programa de distribuição de cheques - que cadastrava pessoas através do Ciranda de Serviços - fosse profundamente associado a sua pessoa, considerado a conduta de auto-promoção em período eleitoral com recursos públicos.
Programa Meu Trabalho - Segundo o governador, o Programa “dá um passo a mais para atender aos que mais precisam. Atender e ajudar, sempre que possível os mais pobres. O ‘Meu Trabalho’ se constitui neste instante, sem exagero, no maior programa de micro-crédito da história da Paraíba”, garante.
No total serão beneficiados cerca 570 pessoas, com investimentos liberados na ordem de R$ 660 mil. Nessa primeira etapa cerca de 3 mil micro-empresas se inscreveram no programa.
O programa prevê, segundo o secretário do Desenvolvimento, Roberto Braga, a instalação de 19 pólos, cada um deles atendendo em média 12 cidades, onde os responsáveis por cada pólo ficarão encarregados de difundir o programa, com a realização de palestras e explicando como é feito o empréstimo. “O objetivo é alcançar todos os 223 municípios”, enfatizou Braga. O processo para a liberação do empréstimo desde a inscrição demora no máximo 20 dias e, devido à facilidade se espera que 80% dos beneficiados renovem os empréstimos. Os empréstimos destinados a capital de giro deverão ser pagos em seis meses, enquanto que para investimento fixo o prazo de pagamento vai até 24 meses, com três meses de carência.
Paulo Dantas

2 comentários:

Anônimo disse...

Cogita-se o nome do Padre Maurício Sandro (filho ilustre de Teixeira que hoje administra a paróquia da cidade de Malta), para uma possível candidatura a prefeito de nossa cidade.
gosr=taria que os amigos anÕnimos ou não se pronuciassem sobre o assunto.
No meu ponto de vista é um bom nome, e acho também muito importante que nós entremos no mérito da avaliação do nome.

Anônimo disse...

Acho o argumento do anônimo que se refere ao Partido dos Trabalhadores como "corja" típico de um analfabeto político daqueles que são manipulados.
Em relação a candidatura do Padre Maurício acho que seria uma opção para a renovação política do nosso município. Para que essa candidatura obtivesse êxito, obviamente teria que ser pela oposição, já que o grupo que está no poder atualmente, diverge com os interesses filosóficos, intelectuais e principalmente políticos do Pe. Maurício. E pelo que ouvi falar já começaram as articulações dos estrategistas da oposição para fortalecer o nome do padre. Parece que até que enfim, o poder pode sair das mãos dos "Amorins".
Acreditemos e colaboremos com essa nova "ESPERANÇA" na política local.
Saudações!!!