segunda-feira, 28 de maio de 2007

RUMORES DE ROMPIMENTO

Já correm boatos pela cidade de Teixeira de um provável rompimento do vice-prefeito Wenceslau Marques com o Grupo do ex-deputado Valdecir Amorim. Para alguns aliados Wenceslau teria confessado estar interessado em concorrer ao cargo de Prefeito na próxima eleição, mas não vê espaço no grupo do ex-deputado.
A insatisfação do vice-prefeito passa também pela falta de apoio que teve para a sua candidatura por parte do grupo governista, que agora começa a trabalhar em prol da Prefeita Rita Nunes que sempre nega querer ser candidata.
Outro fator que certamente poderá pesar numa decisão de Wenceslau é o desgaste sofrido pela atual administração, além do rompimento de lideranças do seu partido com o Governo que, sem dúvida, deixou o vice-prefeito enfraquecido no meio governista.
Wenceslau está procurando filiar novas lideranças em seu partido para se fortalecer. Um dos alvos do vice-prefeito, caso tenha coragem de romper com o Governo, é buscar uma aliança com o Grupo dos 10, que vem acolhendo eleitores que apoiaram a eleição de Rita e Wenceslau mas estão decepcionados com a administração.

Rifaram o nome do homem

Soube em conversa trivial aqui pela beira da praia que o nome de Matuzalém (Neném de Vicente) foi rifado para a Cagepa de Maturéia.
Segundo eu soube, também não sei se é verdade - tou vendendo o peixe pela fatura -, estariam arrumando uma desculpa qualquer para justificar a sua não nomeação. Em seu lugar iriam colocar o nome de Xeroquinho (Vando), que precisa urgentemente de um emprego para poder continuar fazendo política para o tio Chico.

Ou mudamos o São João ou ele se acaba

Escrevi aqui um comentário a um post publicado originariamente no Blog do Marco, onde aquele bloqueiro abordada a festa de São João em Teixeira. Ali, eu disse que escreveria depois sobre o formato da festa. Faço-o agora.
Esse modelo tradicional – tradição recente, diga-se de passagem -, é completamente nocivo à economia e à cultura locais.
Pasteuriza-se a cultura, fazendo tocar aqui o que se toca em Pernambuco, no Ceará ou em qualquer outro lugar do nordeste. Em geral músicas de gosto duvidoso e, via de regra, com duplo sentido, na linha “lapada na rachada”.
Bandas de nomes “originalíssimos”, tipo “ferro na boneca”, vêm de suas cidades apenas “buscar” enormes somas de dinheiro, em troca de duas ou três horas de apresentação. A cidades se enchem de pessoas de incontáveis cidades da região, que aqui vêm e ficam por somente um ou dois dias. Aqui deixam somente lixo; daqui não levam nada.
Nenhuma festa junina nesses moldes se realiza sem que o poder público desembolse pelo menos R$ 50.000,00. E pra quê? Para dois, no máximo, três dias de alguma farra, muito lixo e não menos ocorrências policiais.
O que fazer? Acabar com a festa? Evidente que não! As festas juninas são o que há de mais tradicional em nossa região. O que precisamos é dá um viés econômico e resguardar as nossas tradições culturais; notadamente quando estivermos gastando altas somas de dinheiro público em eventos dessa natureza.
Por que uma festa de dois ou três dias somente, se podemos estendê-la por uma semana ou dez dias? Por que trazer bandas cearenses que tocam tudo, menos forró, ao invés de valorizarmos talentos locais ou, se de outros lugares, pelo menos que sejam genuínos? Por que não realizar em paralelo um festival de comidas regionais? A nossa cavalhada não precisa de apoio? Os turistas não gostam de cavalhada? Um festival de teatro não poderia ser realizado no mesmo período? Em suma: o que falta não são recursos; é criatividade.
Ia me esquecendo: dizem que tem prefeitos por aí, eu não conheço nenhum, que prefere o formato tradicional porque fica mais fácil de tirar a sua parte. É fácil, é só pagar 20 por determinada banda e receber dez de troco. Nem sabia que era fácil assim.