quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Anvisa investiga se ‘água milagrosa’ é comercializada em outros Estados


RENATA DANTAS
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada por técnicos da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) para investigar o comércio de água que promete desafiar a ciência com a cura milagrosa de doenças. Uma operação realizada segunda-feira entre a Polícia Civil e a Agevisa desarticulou o esquema de venda de “Água da Vida”, que estava sendo comercializada pelo ex-prefeito do município de Cacimbas, Nilton de Almeida.
Segundo o Gerente Técnico da Angevisa, João Peixoto, foi enviado um ofício para a Anvisa, em Brasília, e o material publicitário apreendido por fax e algumas amostras da água que foram encaminhadas pelos Correios para o Laboratório Oficial da Anvisa. Ele revelou que no prazo máximo de 15 dias haverá um relatório sobre a comercialização do produto que será anexado ao processo.
Ele disse que a Paraíba provavelmente foi o primeiro Estado no País a desarticular esse tipo de comércio. Durante o processo de investigação, o técnico da Angevisa revelou que as equipes farão um rastreamento de informações que possam identificar o comércio de água em outros Estados do Brasil, para evitar que mais pessoas sejam vítimas desse tipo de golpe contra a saúde pública.
João Peixoto informou que anexou ao material informações sobre a Processadora Industrial e Comercial de Águas Oceânicas, localizada em Catanduva, interior do Estado de São Paulo, que comercializava a água há 12 anos e provavelmente deve ter ramificações em outros municípios ou Estados do País que ainda não foram identificados pelas agências de vigilância sanitária.
Pesquisador será ouvido em SP
O pesquisador Britivaldo Souza Santana que, segundo o ex-prefeito de Cacimbas, Nilton de Almeida, é o proprietário da Processadora que comercializava a água em São Paulo, será ouvido pela Polícia do Estado de São Paulo, para esclarecer maiores informações sobre o produto que promete curar mais de 20 doenças.
Conforme João Peixoto, da Delegacia de Defraudações de João Pessoa, a polícia enviou uma Carta Precatória, que é um documento que permite que Britivaldo de Souza seja ouvido pela polícia na cidade de Catanduva, onde as notas fiscais de comercialização do produto estavam sendo emitidas. Para isso, será designado um delegado especial de São Paulo para cuidar do caso em caráter de urgência para apurar a denúncia.
Todas as informações reunidas durante o depoimento do pesquisador da processadora de água e das pessoas envolvidas diretamente e indiretamente no esquema de água “milagrosa” serão encaminhadas à Justiça paraibana.

Um comentário:

Anônimo disse...

No site: www.aguaoceanica.com.br vocês poderão saber mais. Esta água realmente é muito boa, pois minha amiga tomou dela e melhoru de uma alergia que sofria a anos.