terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Médicos espanhóis revelam a jornal situação grave de Fidel Castro

Do IG:
Madri, 16 jan (EFE).- Uma grave infecção intestinal e várias complicações após três "operações fracassadas" mantêm o presidente cubano Fidel Castro prostrado, em "situação muito grave", segundo duas fontes médicas do hospital espanhol Gregorio Marañón, de Madri, citados pelo jornal "El País" em sua edição de hoje.
Um dos médicos do hospital é o José Luis García Sabrido, chefe do serviço de cirurgia, que viajou a Cuba para visitar Fidel Castro, em dezembro passado.
O jornal afirma que a infecção do intestino grosso "se agravou e tornou-se uma peritonite". A piora obrigou a uma primeira operação, para extirpar parte do intestino grosso "afetada por diverticulite" (inflamação da parte interna do intestino, semelhante à apendicite).
"Posteriormente, uma segunda intervenção conectou o intestino grosso com o reto para recuperar a dinâmica natural", segundo as fontes médicas citadas pelo jornal.
"A evolução não foi boa. Apesar dos antibióticos, a infecção liberou sedimentos no abdômen, o que causou uma nova peritonite", acrescenta o jornal.
O fracasso da primeira cirurgia levou o presidente cubano de volta à mesa de operações. "Os médicos limparam e drenaram a zona infectada e realizaram uma ileostomia, abrindo um orifício no abdômen para uma bolsa recolher os sedimentos", disse a fonte.
O jornal revela que a segunda operação também fracassou e os médicos precisaram operar Fidel Castro de novo. "Uma fístula nos canais biliares obrigou a implantar uma prótese fabricada na Coréia, que falhou e foi substituída por outra espanhola", acrescenta.
No fim de dezembro, quando García Sabrido visitou Fidel Castro, os médicos discutiam uma nova intervenção, já que "o paciente requeria uma drenagem que liberava mais de meio litro de fluidos por dia, causando uma perda severa de nutrientes".
"Castro perdeu em todo o processo uma grande massa muscular e precisa de alimentação parenteral", diz o jornal.
"El País" acrescenta que García Sabrido declarou em dezembro que Castro não sofre de câncer e se encontrava em processo de recuperação. O regime cubano manteve o silêncio oficial sobre a doença de seu presidente. EFE elv mf

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