sexta-feira, 19 de janeiro de 2007

O silêncio de Maranhão

Coluna do jornalista Walter Santos do Portal WSCOM:
São Paulo - Nos últimos dias, nem mesmo os profissionais de comunicação mais chegados ao senador José Maranhão, conseguem extrair uma análise profunda do parlamentar sobre os temas mais polêmicos do Estado – especialmente o processo em curso tratando do pedido de cassação do governador Cássio Cunha Lima e seu vice, José Lacerda.
A mudez do senador não é fato qualquer, à toa, como dizem os meninos do bairro da Torre. Decorre, mais do que indisposição por parte do parlamentar, de uma instrução arquitetada pelo advogado Fernando Neves (ex-ministro), hoje patrocinador jurídico da causa processual.
Ora, se é exatamente Maranhão o mais interessado dos cidadãos do Estado e ele, por livre e espontânea vontade, decide se calar – claro que isso tem significado de estratégia para não querer respingar nada em sua pessoa nesta fase ainda de instrução no Tribunal Regional Eleitoral.
Quem conhece o senador, minimamente, deduz como tem acontecido em falas diferentes, que a intenção deliberada de ver a cassação existe, tanto que são várias – e não só uma – as representações neste sentido, portanto, é práxis e óbvio dizer que o mais interessado é quem menos vai falar.
Antes de contratar o escritório do ex-ministro, conforme relato de assessor próximo, foi preciso uma depuração, isto é, Neves pediu tempo para analisar o conteúdo do processo para, somente assim, se habilitar como está a tentar o intento maior de Maranhão agora, que é ver seu adversário fora do Palácio da Redenção por medida judicial.
Pelo sim, pelo não, o senador anda aceso até demais acompanhando o desenrolar do processo, embora calado quando muito monossilábico.

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