Achei interessante esta poesia de Thiago de Mello, extraída do livro Os Estatutos do Homem, e resolvi postar aqui neste blog. Boa Leitura.
O TEMPO DO OFÍCIO
Só lendo é que vou saber:
o que escrevi caiu
na vida, não me pertence.
Leio e me assombro: as palavras,
que arrumei com paciência,
severo de inteligência,
cuidando bem da cadência,
perseverante escolhendo,
não escondo, as mais sonoras
e as que gostam mais de mim;
dando a cada uma o lugar
merecido no meu verso
(que desta ciência os segredos
me deu o tempo do ofício,
um exercício de amor),
pois as palavras começam
a dizer coisas que nunca
ousei pensar nem sonhar,
pássaros desconhecidos
pousando no meu pomar.
2 comentários:
PELO MENOS ALGO QUE SE PODE APROF=VEITAR NEST BLOG
kakakakakakakakakaka, VERDADE!!!!!!!!!!!!!!!
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