O texto abaixo está na revista VOCÊSA deste mês, acesse www.vocesa.com.br
O que dá resultados e pereniza carreiras é o tesão tanto quanto a necessidade
Por Eugênio Mussak
Por Eugênio Mussak
Afinal, é possível uma pessoa motivar outra, ou as pessoas devem se automotivar? Na dúvida, vamos perguntar aos especialistas: os psicólogos. O que eles dizem é que as pessoas só são motivadas por duas grandes forças: a necessidade e o desejo. A necessidade de não sofrer e o desejo de ter prazer. O psicólogo Abraham Maslow afirma que nós não fazemos nada se não estamos motivados, e que passamos pela vida procurando atender às demandas da sobrevivência. Ele também explica que temos que atender às necessidades de sobrevivência física, emocional e intelectual, nessa ordem de prioridade. Maslow criou a famosa pirâmide que leva seu nome, e explicou a hierarquia de nossas necessidades, de nossas atividades.
Freud, quando abriu as portas do inconsciente para a humanidade, disse que somos movidos pelo instinto do prazer, ao que chamou de libido. Para ele, a grande motivação, que está por trás de tudo o que fazemos, é a perpetuação da espécie, e a libido cumpriria o papel de providenciar o desejo que garantiria esse processo. Freud explica que a vida precisa do sexo e que, sem prazer, nada feito. Já Jung, seu seguidor, concordou com ele na essência, mas discordou no detalhe. Disse que a libido é fundamental, mas que não está presente apenas no sexo, e sim em tudo o que fazemos. Então os dois brigaram e cada um tomou seu rumo, com Jung dizendo que, para Freud, tudo era sexo. Na verdade, Jung também só pensava naquilo, mas não só no sexo da perpetuação da espécie, também no da perpetuação das idéias, da multiplicação do conhecimento etc. Afinal, tudo isso envolve um grande prazer. Ou não? A libido é uma força motivadora que mira o prazer e acerta na perpetuação, e isso também vale para a carreira.
Jung e Freud abriram a discussão, mas quem matou a charada foi um psicanalista brasileiro chamado Roberto Freire (não é o político) no título de um de seus livros: Sem Tesão Não Há Solução. Para a época (década de 1960), a frase soou escandalosa, mas, a partir daí, a palavra tesão deixou de ter significado chulo. Hoje dizemos que temos tesão pelo trabalho, pela profissão ou pela empresa. E, sem tesão, não se cria nada. Se você lidera uma equipe, saiba que as pessoas precisam do trabalho, mas desejam a felicidade. O que multiplica resultados, faz crescer os lucros e pereniza as empresas é essa dupla de área, a necessidade e o prazer.
E, respondendo aos questionamentos do primeiro parágrafo, a pessoa tem que se motivar, sim, mas outra pessoa -- seu líder -- pode lhe dar os elementos que usará para construir essa motivação. Pela necessidade, as pessoas trabalham simplesmente e, agregando o prazer, trabalham plenamente. Ah, tem uma terceira coisa que motiva as pessoas: o sonho, que é a capacidade de imaginar um futuro melhor. Mas isso é história para outro artigo.
Eugênio Mussak é professor e consultor.
Freud, quando abriu as portas do inconsciente para a humanidade, disse que somos movidos pelo instinto do prazer, ao que chamou de libido. Para ele, a grande motivação, que está por trás de tudo o que fazemos, é a perpetuação da espécie, e a libido cumpriria o papel de providenciar o desejo que garantiria esse processo. Freud explica que a vida precisa do sexo e que, sem prazer, nada feito. Já Jung, seu seguidor, concordou com ele na essência, mas discordou no detalhe. Disse que a libido é fundamental, mas que não está presente apenas no sexo, e sim em tudo o que fazemos. Então os dois brigaram e cada um tomou seu rumo, com Jung dizendo que, para Freud, tudo era sexo. Na verdade, Jung também só pensava naquilo, mas não só no sexo da perpetuação da espécie, também no da perpetuação das idéias, da multiplicação do conhecimento etc. Afinal, tudo isso envolve um grande prazer. Ou não? A libido é uma força motivadora que mira o prazer e acerta na perpetuação, e isso também vale para a carreira.
Jung e Freud abriram a discussão, mas quem matou a charada foi um psicanalista brasileiro chamado Roberto Freire (não é o político) no título de um de seus livros: Sem Tesão Não Há Solução. Para a época (década de 1960), a frase soou escandalosa, mas, a partir daí, a palavra tesão deixou de ter significado chulo. Hoje dizemos que temos tesão pelo trabalho, pela profissão ou pela empresa. E, sem tesão, não se cria nada. Se você lidera uma equipe, saiba que as pessoas precisam do trabalho, mas desejam a felicidade. O que multiplica resultados, faz crescer os lucros e pereniza as empresas é essa dupla de área, a necessidade e o prazer.
E, respondendo aos questionamentos do primeiro parágrafo, a pessoa tem que se motivar, sim, mas outra pessoa -- seu líder -- pode lhe dar os elementos que usará para construir essa motivação. Pela necessidade, as pessoas trabalham simplesmente e, agregando o prazer, trabalham plenamente. Ah, tem uma terceira coisa que motiva as pessoas: o sonho, que é a capacidade de imaginar um futuro melhor. Mas isso é história para outro artigo.
Eugênio Mussak é professor e consultor.
Um comentário:
Parabéns Marco!
Gostei muito da matéria publicada.
Muito rica...
continue postando.
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