Postamos agora uma poesia da autoria do Professor Alexandre Nunes sobre a Cultura teixeirense. Como a poesia é extensa, farei em várias postagens. Boa leitura para todos:
A Cultura de Teixeira
Partindo de uma inverdade
Que agrediu nossa cidade,
Quando um certo cidadão
Induzindo um cantador,
E passando da medida,
Fez triste aquela canção.
Mas que mote enganador!
Se a arte estava adormecida,
Hoje jaz em frio chão!
O que se vê é o cúmulo,
Arrastando-se ao seu túmulo
A nossa rica cultura...
Sobrevive de fachada,
De uma simples mão de cal...
Pra esse mal, cadê a cura?
A nossa gente lembrada
Do grande potencial
Hoje posto em sepultura.
Passaram-se tantos anos...
À mercê de alguns insanos,
Nossa Cultura enterrada.
Quando vem um professor,
Homem de vasta cultura,
E a torna valorizada.
Atende nosso clamor
Ao destruir a armadura
Da nossa arte sufocada.
Quatro anos abençoados,
Seus eventos aclamados
Que só a lembrança traz.
Teixeira descobre o novo:
Palco da arte e da cultura,
Período pleno de paz.
Ó Teixeira, nosso povo,
Que viveu da arte a fartura,
Que pena!... Não vive mais!
Eu bem sei que nesta lista,
Seja grupo, seja artista
Passará despercebido.
Mas acho o suficiente
Para ativar a memória
De quem se faz de esquecido.
Sendo pouco inteligente,
Já que desconhece a história
Que nela está inserido.
A cultura viveu em festa,
Quando a rua a seresta
Acordou com emoção:
Violões e violinos,
Belos sons de clarineta,
Um sonho em cada canção!
Jovens, adultos, meninos
Lembrando antiga retreta,
Grandeza desse Torrão.
Meu Deus, que coisa mais linda
O grupo “Luar de Olinda”
Ao luar do meu Teixeira!
Miragem que até os gregos
E os homens de toda a Terra
Julgariam “brincadeira”.
Que brancos, índios e negros
Entoam no alto da Serra:
Bem-vindos à Cordilheira!
Quem viu o grupo “Mama Jazz”,
Na música, mais de dez,
Acorde que nos redime
De qualquer falta ou pecado,
Por excesso ou omissão,
Qualquer que seja o crime.
Canto puro e sublimado
Que faz nosso coração
Bem mais puro e mais sublime!
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