“Tocaia” e Socorro Lira,
Onde o sucesso se mira,
Visitaram nosso Chão.
O “Jackson Envenenado”,
Original, singular,
Desviando a atenção
Do povo entusiasmado
Com seu jeito de cantar,
Reinventando a canção.
Crianças foram destaque
E não tem quem as aplaque
Quando mostram seu valor:
De Pombal, a “Batucada”,
As “Cítaras” de Teixeira,
As “De flautas”, um primor!
E, numa roda animada,
Se exibia a “Capoeira”
Num canto livre de dor.
A “Companhia La Barca”,
Performance que nos marca,
Gente charmosa e elegante!
No tango e na gafieira,
Dança do ventre e bolero,
Beleza que num instante
Extasiou o meu Teixeira,
Ver-te, como ainda quero
Para que mais nos encante.
Na homenagem a Solon,
A harmonia dava o tom
Na lembrança de Djalma.
Que noite maravilhosa!...
Parecia que a cidade,
Que na música se acalma,
Dormia à voz de Mimosa...
E tanta felicidade
Só bem trouxe-nos à alma!
Bela homenagem a Esdras,
Das mais preciosas pedras
E mais nobre dos metais...
Ruth, grande educadora,
Em poesia e paixão,
Ambos mentes geniais.
Que esta Terra acolhedora
Tenha-os no coração:
Brilhantes e imortais!
Vem a saudade e se instaura
Dos grandes dramas de Maura,
De Nequinho grande filha.
Também Alberto Lacet,
Que ao mundo do sonho parte,
Sendo da mesma família.
Descende de “Xavier”,
Mesmo por isso que na arte
Vem traçando sua trilha.
A arte revela-se plena,
Sempre que Pádua Lucena
Transfere para uma tela
A inspiração que ele tem.
Raísse faz na cerâmica
Sair o belo que há nela.
Artistas como ninguém,
Da maneira mais dinâmica,
Pintam a vida mais bela.
Numa noite sem igual,
Assistindo o recital
Com poemas de Agar,
De Elizete e Benedita:
As damas da poesia,
Orgulho deste lugar.
Quando ali se ouve Julita
Que tanto nos extasia
Fazendo o tempo voltar.
A cultura que ensina,
Investindo em oficina
Bons artistas faz nascer.
De fotografia e dança,
De teatro e de pintura,
Cinema se pode ter...
Teatro para criança,
Espaço para escultura...
Só não viu, quem não quis ver!
Palestras e palestrantes,
Temas, os mais importantes,
“Lei de Incentivo à Cultura”
Com Ricardo Coutinho.
Tudo na medida certa
Para quem a arte procura.
De tudo havia um pouquinho...
Só mesmo não se conserta
Quem só cultiva a amargura!
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