sábado, 13 de maio de 2006

CONVENÇÃO DO PMDB - SERÁ QUE VAI VALER?

Liminar do TJ-DF invalida convenção do PMDB

Agência Estado
13:44 13/05
O ex-governo do Rio Anthony Garotinho e seus partidários fizeram de tudo para atrapalhar a convenção realizada hoje pelo PMDB para definir se o partido terá ou não candidatura própria à Presidência da República. Pré-candidato ao Planalto, Garotinho chegou às 11 horas ao evento, realizado no Senado e provocou constrangimento ao exibir, de forma vitoriosa, uma liminar concedida pelo desembargador Joaquim Costa Carvalho, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O documento suspendia os efeitos, mas não a realização, da convenção que mal tinha começado.

O ambiente foi tenso desde o início. Pouco antes da chegada de Garotinho, o grupo do ex-governador tentou adiar o início da votação, alegando que não havia convencionais em número suficiente. Na véspera, a cúpula do partido definira que a votação só começaria com a presença de pelo menos metade dos convencionais, ou seja, 264 de um total de 528. O presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), no entanto decidiu abrir os trabalhos.

A briga ganhou fôlego com uma provocação feita pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que exercia interinamente a Presidência da República porque o titular, Luiz Inácio Lula da Silva, está no exterior. Ele afirmou que Garotinho não tem condições de ser candidato. "Garotinho que não come não cresce", ironizou, numa referência à greve de fome feita pelo ex-governador e encerrada na quinta-feira depois de 11 dias.

Amparado pelo médico Abdo Neme Neto e ao lado do filho Vladimir, Garotinho reclamou do policiamento intensivo do lado de fora do Congresso, o que impedia o ingresso de militantes. "Colocar a polícia para impedir que o povo assista à convenção do partido é a maior demonstração da gênese ocorrida no partido pelas posições do senhor Renan Calheiros", afirmou.

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